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sábado, 9 de abril de 2011

Cio e Reprodução dos Gatos




A Vida do Filhote Começa Aqui

Os primeiros dias da vida de um filhote – antes e depois do nascimento – são muito interessantes. Se você planeja convidar um gatinho para compartilhar sua vida no futuro, ou se já tem um gato, mas gostaria de ter acompanhado seu nascimento e infância, esta seção é dedicada a você.
O simples conceito de vida antes do nascimento – uma vida animal crescendo e se desenvolvendo dentro de outra vida até estar pronto para nascer – deixa maioria de nós extasiados.
Se você já teve um bebê, ou conhece alguém que tenha, então este é um assunto que já deve ter discutido várias vezes.
Com humanos, tudo começa com um beijo; com os gatos, não é muito diferente.

O Jogo da Reprodução
Os machos adultos geralmente estão ativos sexualmente e interessados em ter relações em qualquer época do ano, apesar de alguns cientistas acreditarem que eles produzam mais esperma durante a primavera e o verão.
No entanto, as fêmeas adultas só estão sexualmente ativas durante uma específica estação de reprodução a cada ano. O tempo preciso desta estação para uma fêmea específica depende da duração da luz do dia: no Reino Unido, por exemplo, a estação de reprodução da maioria dos gatos dura de janeiro até setembro, mas algumas fêmeas submetidas a iluminação artificial, foram capazes de se reproduzir durante o ano inteiro.

O Cio das Fêmeas
Durante a estação de reprodução, uma fêmea madura tem períodos de intensa atividade sexual, chamados de "cio", durante os quais ela procurará um parceiro para copular. A maioria dos acasalamentos entre gatos de raça são acompanhados por donos responsáveis e geralmente ocorrem na casa do macho. Claro que alguns acasalamentos – especialmente entre gatos vira-latas (Moggies) e filhotes de 2 raças diferentes – são muito mais informais e arranjados por eles mesmos.

Os "Chamados"
Quando uma fêmea entra no cio, ela inicia um comportamento padrão conhecido como "chamado". A princípio, ela pode se tornar mais afetiva com seus donos do que de costume. Ela rolará pelo chão e ficará mais "eloqüente".
No auge do cio, ela adotará uma postura característica quando estiver em frente a seu dono ou outro gato. Ela deitará com as patas da frente esticadas junto ao chão, e a cabeça entre as patas. Levantará os quadris e ficará na ponta das patas traseiras. A cauda ficará dobrada para um dos lados para que as partes genitais fiquem expostas.
A fêmea continuará a vocalizar e a adotar este padrão de comportamento por 5 até 10 dias na esperança de atrair um ou mais machos para se acasalarem com ela. Seu convite é sonoramente e visualmente óbvio e nenhum gato macho normal poderá ignorá-lo.

O Ato Sexual
Quando o macho encontra a fêmea, ou são apresentados em fase de cio, ele poderá fazer alguns chamados sonoros antes de copular com ela. O ato sexual em si, é muito curto. O macho avança sobre a fêmea e imobiliza-a mordendo seu cangote enquanto usa as patas dianteiras para prender seus movimentos dianteiros. A fêmea reage encostando o corpo ao chão e levantando as ancas. Alternando as patas de trás e balançando todo o corpo, o macho arqueia suas costas e penetra a fêmea. Poucos movimentos enérgicos da pélvis precedem a ejaculação de seu esperma.
Após ejacular, o macho solta a fêmea e desaparece rapidamente, enquanto a fêmea mia e tenta atacá-lo. Ela tem boas razões para isto, afinal no pênis do macho existem "farpas" voltadas para trás que estimulam a vulva da fêmea durante o intercurso e retirada, ajudando a induzir a ovulação. Por esta razão, o acasalamento – e particularmente a remoção do pênis do macho – devem ser dolorosos para ela.


Comportamento Pós-coital
Assim que o macho se retira, a fêmea rola pelo chão freneticamente. Os estudiosos acreditam que isto pode ser para encorajar o esperma a fluir da vagina para o útero.
Durante este tempo, tanto o macho quanto a fêmea lamberão suas partes íntimas preparando-se para outra cópula: de fato, podem haver diversas relações entre eles durante a próxima hora ou mais. Se houver oportunidade, uma fêmea pode ter diversas cópulas com vários machos durante os próximos 4 ou 5 dias do mesmo cio.

Ovulação
A ovulação ocorre entre 23 e 30 horas após o coito e em média, fêmeas sem pedigree ovularão 4 óvulos. Claro que não há garantia de que todos os óvulos fertilizados se desenvolverão em filhotes, e mais de 4 óvulos poderão ser ovulados. A maioria dos gatos sem pedigree têm de 3 a 7 filhotes.
Raças orientais tendem a apresentar ninhadas em maior quantidade – às vezes mais de 10 filhotes – enquanto gatos de pêlo longo com pedigree geralmente têm ninhadas pequenas de 2 a 3 filhotes. É incomum para uma fêmea de qualquer tipo ter uma ninhada de apenas um filhote.

Concepção
Quando o óvulo é fertilizado por um espermatozóide, uma reação ocorre para prevenir que este seja penetrado por outro espermatozóide. No entanto, em teoria, uma fêmea que produz uma ninhada de filhotes tendo copulado com diversos machos diferentes pode ter cada um de seus óvulos fertilizado por espermatozóides de pais diferentes.


A Vida Antes do Nascimento
Os filhotes são muito indefesos ao nascer e têm que confiar quase completamente em sua mãe durante as primeiras 3 ou 4 semanas de vida. Isto se dá porque eles passam relativamente pouco tempo dentro do útero da fêmea – apenas 9 semanas em média.
Durante este tempo, os filhotes vivem uma fase de intensa tranqüilidade. Envoltos em placentas separadas, no escuro do útero materno, eles se mantêm nutridos, protegidos e aquecidos.







A Jornada no Útero
Durante as primeiras 2 semanas da gestação, o embrião é pouco maior que que a cabeça de um alfinete. Primeiro ele viaja das trompas para o útero. Durante esta caminhada, a única célula que formará o filhote, subdivide-se em 2, depois em 4, em 8 e assim por diante, até se tornar uma sólida porém microscópica bola de células.
Todos os embriões em desenvolvimento – cada um destinado a ser um filhote de uma mesma ninhada – alcançam o útero entre 13 e 17 dias após a ovulação.
Quando chegam ao útero, os embriões tendem a se espalhar pelas duas subdivisões uterinas e a se aconchegarem seguramente nestas paredes.

O Embrião em Desenvolvimento
Enquanto o embrião se desenvolve, algumas células começam a formar os corpos dos filhotes. Outras formam as membranas que os envolvem, assim como a placenta que os ligará sanguineamente à mãe. Após cerca de 16 dias após a concepção, as cabeças e colunas dos embriões começarão a se desenvolver.
A placenta não é funcional até o 22º dia da gestação, até então eles obtêm alimento de uma fonte chamada saco de gema. Quando este saco se esgota, os filhotes já estão flutuando em suas próprias placentas repletas de fluidos, que se conectam à mãe através de uma corda de vasos sanguíneos chamada cordão umbilical.
Os membros, cabeça e olhos se desenvolvem rapidamente, e após 4 semanas, todos os órgãos dos filhotes estarão formados, apesar de não estarem completamente desenvolvidos.
Neste estágio, os embriões têm apenas de 25 a 30mm de comprimento, e estão curvados em posição fetal.

O Estágio Fetal
São chamados fetos os filhotes entre 4 e 9 semanas de gestação. Durante este período, seus órgãos amadurecem e eles crescem rapidamente, dobrando em tamanho entre 28 e 40 dias e outra vez ao completar 8 semanas.
Toque - Este é o primeiro sentido a se desenvolver, e aparece após os 28 dias. O uso que o feto pode fazer da habilidade de sentir seus arredores é desconhecido, apesar de acharmos que isto pode ajudar a controlar o movimento dos membros. Tais movimentos podem ser notados a partir da sétima semana de gestação.
Gosto - Este sentido provavelmente também começa antes do nascimento, permitindo ao filhote que prove o gosto do líquido amniótico no qual flutua. É possível que ele até mesmo aprenda algo sobre os alimentos eu a mãe ingere neste estágio tão primário de suas vidas, afinal, alguns sabores de alimentos sobrevivem à digestão e chegam ao líquido amniótico.
Equilíbrio - Este é o próximo sentido a se desenvolver no feto. Começa a funcionar após 8 semanas da concepção.
Visão e Audição - Estes sentidos se desenvolvem mais tarde; recém-nascidos são cegos e surdos.

Texto traduzido do livro: The Complete Guide to Kitten Care
Autor: Mark Evans e Mitchell Beazley

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