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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Gatos e bebês humanos - Experiências pessoais




GATOS E BEBÊS NÃO COMBINAM.
Nossa filhinha Luane dormindo com a Sheetara.
De cara, principalmente para nós gateiros, essa frase parece até uma ofensa, mas tem muito fundamento. Não por conta das crenças populares e baboseiras que ouvimos, mas por outros motivos que vou testemunhar aqui. De forma alguma quero dizer que deve dar fim no seu bichano, mas se não tem um gato e deseja ter um filho(a), espere a criança nascer e crescer um pouquinho. Do contrário, leia esse post!

Uma coisa que acontece com TODOS os "donos" de gatos ao engravidar é sofrer críticas das pessoas, na maior parte das vezes familiares, dizendo ser loucura passar por uma gestação e ter um bebê com gatos em casa. O triste é que alguns chegam realmente a se livrar dos bichanos.

Bem... A intenção desse post não é desenrolar um texto embasado em algo dito por veterinários ou biólogos, isso já fiz aqui em Abril de 2009 no link "comportamento", dividindo em quatro posts grandes! Vale a pena ler, mas tudo depende da personalidade de cada gato da casa. A convivência é SIM possível, mas não é 100% do tempo tranquila.

Esse post é para contar nossas experiências particulares (minhas e de minha esposa) com gatos e bebês. Nossa filha fez, no final do mês passado, um aninho de vida, então creio que esteja na hora certa para relatar um pouco do que passamos para que isso possa talvez ser útil para mais alguém. Falarei do que passamos com os NOSSOS gatos, pode ser que, você que terá o bebê, não passe pelas mesmas situações.

Temos dois gatos, a Sheetara (SRD) e o Klahan (Bengal), que vieram antes da bebê.

Apresentados os felinos, começo a história...

Sempre soubemos que não há problemas no convívio entre gatos e bebês, dês de que se tome algumas providências (post que mencionei acima). Quando engravidamos, já informamos logo o médico que tínhamos dois gatos. Ele tinha uma "cabeça boa" e nos disse que isso não era problema, mas que minha esposa não poderia mais limpar a caixa sanitária dos bichanos, além de não poder mexer em plantas e carnes cruas. Com isso já eliminaríamos os riscos de contrair toxoplasmose. Essa chance já era pequena em casa, já que nossos gatos não têm acesso às ruas. De qualquer forma seguimos a orientação, na gestação todo cuidado é pouco.

Limpar a sujeira do gato, seja qual ou onde for, passa agora a ser tarefa do homem, inclusive depois que o bebê nascer. Isso além de outras tarefas domésticas que antes não fazia com tanta frequencia. Me dei conta disso depois que nossa filha nasceu. Um bebê consome muito a mãe, tanto física quanto psicologicamente. Para a mulher não "surtar", o ideal seria a compreenção e colaboração do pai.

Klahan e Sheetara conhecendo os novos móveis.
Certo... Depois dos primeiros meses de gestação, começamos a comprar os móveis e fazer a decoração do quartinho da nova integrante da família. Os móveis foram chegando e os gatos começaram a se interessar pela transformação que estava acontecendo no antigo "escritório". Nessa fase deixamos os bichos subir entrar em todo canto para que pudessem conhecer e se familiarizar com o novo ambiente. Deixamos que cheirassem as roupinhas (até colocamos umas camisetinhas neles), lenços umidecidos, objetos, etc. Isso tudo seria esterelizado de qualquer forma né?!
Faltando uns 3 ou 4 meses para a chegada da bebê, começamos a tirá-los do berço e trocador toda vez que subiam. Ao colocar os bichanos no chão, dizíamos um firme "NÃO". Passamos todo esse tempo "treinando" os gatos para que não subissem nas coisas dela, incluindo carrinho e bebê conforto. Por isso é bom que se tenha o máximo de coisas na casa antes da criança nascer. Além disso, usávamos de vez em quando, um borrifador de água, o que serviu de uma forma diferente para entenderem o que não poderiam fazer.

Começamos também a dar menos atenção para eles. Saberíamos que não tinha jeito depois... Eles ficam mesmo de lado, inevitavelmente. Por isso é bom que se acostumem com uma atenção reduzida antecipadamente.

CHEGOU O DIA!



Primeiro mamá da Luane em casa e a Sheetara curiosa.
No dia em que nossa filha chegou em casa rolou uma curiosidade geral! rsrs... Eles chegavam perto para cheirar, mas não deixamos que entrassem em contato direto com ela.

Klahan, de um ano pra cá:
Depois na novidade dos dois primeiros dias, o Klahan parou de dar bola para a bebê. Ele resolveu voltar à sua rotina. Com o tempo, ele foi notando que a nova moradora estava ganhando "atenção demais" e ele "de menos". Isso desencadeou um comportamento inesperado de ficar querendo chamar atenção. Ele Entrava no quarto quando nossa filha estava dormindo, ou quase dormindo, e miava bem alto ou derrubava algo barulhento na sala ou cozinha, o que fazia que ela acordasse. Nesse período dos primeiros meses, se a mulher está amamentando normalmente, o sono da criança é muito leve e os pais acordam muito, por isso, o tempo que o bebê está dormindo é muito importante. Se o gato quer chamar atenção, gera, além da atenção, um TENSÃO muito grande e um esgotamento total, PRINCIPALMENTE da mulher, que tem de amamentar a todo momento.
Lendo aqui nem parece tão ruim, mas os sentimentos da família são muito intensos no início e os gatos podem causar certos desentendimentos na casa.
Fora isso, o Klahan foi (e é) muito bonzinho com a bebê. Nunca ameaçou de morder ou arranhar. Antes de nossa filha começar a sentar, já procurava o rabo deles para puxar. Ele só tentava fugir. É assim até hoje. Esse temperamento pacífico é, na verdade, característico da raça bengal. Gatos bengal de bons criadores nunca colocam as garras pra fora para agredir alguém (humano), nem em sua defesa. Preferem se esconder a enfrentar algo que julgue "ofensivo".

Sheetara, de um ano pra cá:
A Sheetara já foi ao contrário. Compreendeu que ganharia sempre atenção assim que a bebê dormisse. Ela é mais silenciosa (vocalmente falando), mas nas primeiras semanas ela "parou de falar" com minha esposa, na qual é muito apegada. A Sheetara literalmente virava as costas para minha esposa quando estava perto dela, chegou até ir dormir na sala algumas vezes. Depois de um tempo voltaram a se falar! rs.
O problema dela é que é "esquentadinha". Ela tolera as "apertadas e puxões" da neném até certo ponto. Depois disso começa a rosnar, avisando que a siuação não está agradável, e como se julga dona do pedaço, não sai correndo como o Klahan. Então é prudente tirá-la de perto da bebê.

Flagrante fofo! Mas isso não se repetiu! rs...
Sheetara e Klahan:
Uma outra situação desagradável em casa são os desentendimentos dos dois gatos (hoje isso é menos frequente).
A Sheetara chegou em casa primeiro e já "disse" que era a comandante. O Klahan veio um ano depois. O problema é que bengals são dominantes. Quando há um na casa, geralmente é o alfa, mas se há um estressadinho (como a Sheetara), que não admite a dominância do outro, nascem os "mordeRolaEgrita" pelos cômodos. Isso mais uma vez gera estresse nos pais e talvez algum susto para o bebê.

Todos esses comportamentos dos dois foi duplicado pelo CIÚME!


SOLUÇÕES

A veterinária dos nossos gatos nos indicou um tratamento com florais. Gente... Eu não acreditava em florais, mas depois de usar nos gatos mudei meu conceito. Ela disse que começaria a dar resultado depois de uma semana. Dito e feito! Em uma semana eles começaram a se acalmar. Há florais para acalmar, para ciúmes, etc. Tem floral pra qualquer coisa! rsrs...
Esse tratamento é, na maioria das vezes, mais barato que outros remédios. Mas já me disseram que não funciona em todos os gatos. A segunda opção seria a homeopatia, mas não precisamos entrar com esse tratamento.
Uma dica importante... Um tempo antes do nascimento do bebê, comece o tratamento em seus gatos com florais. Pode fazer uma grande diferença no início de sua nova rotina.

Borrifador é sempre bem vindo também. Há momentos em que a criança está dormindo e não dá para darmos broncas nos gatos, então dá-lhe borrifada de água.

Tirar alguns minutinhos de qualidade no dia para brincar com os gatos também ajuda que eles gastem energia e "matem a saudade" de um tempo com você e querer chamar menos atenção. Em geral, o homem que fará isso.

Falo isso (dos homens fazerem mais coisas) porque a criança será totalmente dependente da mãe. Claro que o pai ajuda com o bebê, mas tem vezes em que ele não vai querer saber do pai e vai BERRAR pra sentir o cheirinho da mamãe! :^)

Hoje em dia, já notamos que eles gostam da Luane (nossa filha). A Sheetara fica, as vezes, sentada na porta do quarto dela para dar uma bofetada no Klahan se ele tentar entrar. E o Klahan chega, voluntariamente pertinho dela para brincar!
Com um aninho, a Luane ainda tem muita rotina de bebê. Então continuamos tomando cuidados com a higiene da casa e dos gatos.
A Luane também gosta deles nitidamente. Um dia desses, a Sheetara estava ameaçando soltar um bola de pêlo e a Luane ficou desesperada olhando para a boca da gatinha e para minha esposa com os olhinhos cheios de lágrima, achando que a Sheetara estava "dodói"! rsrs...

Semanas atrás a Sheetara deu um tapinha na cabecinha da Luane porque ela estava estrapolando os limites da nossa gata. A bebê chorou com o susto, claro que não machucou. Dá uma dorzinha no coração vê-la chorar, mas por outro lado, ela está aprendendo o limite dos animais. Isso é muito importante na formação de uma pessoa.

Apesar de ainda não ser tudo lindo, justamente por ser a Luane ainda um bebê, as coisas já melhoraram bastante. Ainda tem mais coisas de que não estou me lembrando, mas vou atualizar esse post sempre que lembrar de algo ou me fizerem alguma pergunta aqui no Tudo Gato.

Mais uma vez espero ter contribuído com alguém!

Abraços,
Lauesg

2 comentários:

  1. Bom dia.
    Gente... Olha só... Muito legal o blog de vocês. Mas gostaria que em posts como este, colocassem os créditos para o Tudo Gato com o link lá para o blog. www.tudogato.com dizendo de onde foi retirada a imagem, neste caso, a minha foto e de minha esposa.

    Agradecemos a compreensão e aguardamos uma providência.

    Abraços,
    Laurence Esgalha - Tudo Gato

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  2. Além do texto, claro, que foi todo tirado do Tudo Gato.
    Grato

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